domingo, 28 de outubro de 2012

PR Algumas Definições



PR Algumas Definições  (Wordpress)




Outros Artigos

Pudim de Tapioca com Calda de Lambedor

Mestre, Doutor e Acionista Majoritário

A Bíblia como instrumento de pesquisa
 

Bourdieu na BRF


Bourdieu na Batalha da Roberto Freire

 
Pierre Bourdieu compara a competição no campo cientifico com os combates de guerrilha (Burawoy, 2011). E na Batalha da Avenida Roberto Freire são instituições de ensino com objetivos ditos científicos, com cursos superiores tecnológicos, que promovem uma guerrilha, uma batalha entre si buscando novos correligionários. Fazem parte de uma hegemonia exercendo um poder simbólico daqueles que detém um conhecimento e uma posição. E quanto mais esta posição se torna distante, mais nobres se tornam seus atos. Atraem alunos e durante o curso prometem receitas milagrosas e ferramentas poderosas. Galgando novas etapas do capitalismo (Barros Filho e Sá Martino)

O combate ao qual Bourdieu se refere é a disputa em pesquisas em alcance de objetivos. Corrida armamentista e disputa pela chegada á Lua são evidencias internacionais. Pesquisas pela cura do câncer e busca em decifrar o código genético geram benefícios á humanidade. Evidencias de uma macrossociologia.

A Batalha na Avenida Roberto Freire é uma microssociologia, uma microfísica de um cotidiano. Uma região, um espaço geográfico que o maestro oculto colocou em um mesmo ambiente, personagens de antigos embates. Antigos povos em novas batalhas. Novos objetivos, novos soldados. Não há mais os sindicatos a que Gramsci e Marx citavam, em seus escritos. Ao invés de sindicatos são grêmios estudantis, que desde já formam futuras classes trabalhadoras, já que suas formações são relâmpagos com objetivos ao mercado de trabalho, são moldados ao mercado desde a faculdade.  Antes as faculdades formavam seres pensantes, massa crítica, agora formam trabalhadores. Para um mercado ainda inexistente.

No corredor formado pela Avenida Roberto Freire e a BR101 o trajeto entre os hotéis e o estádio de futebol durante a Copa do Mundo, encontramos um palco de representações. Um desfile de nações: portugueses, holandeses e americanos representando, disputando o ensino, o conhecimento. Franceses como Bourdieu no ramo de alimentação, supermercados, o alimento que traduz um povo (RC, in Pudim de Macaxeira com Calda de Lambedor, 2012). Chineses e alemães no mercado automotivo. Americanos no aluguel de carros. Antes e depois da aulas nas faculdades são vistos ônibus coletivos nas cores de um ônibus escolar americano, montados sobre chassis e motores alemães, altos como um Jeep, um 4X4 Off-Road, ou um Crossover transportando alunos dos rincões mais próximos, os soldados desta batalha.

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Roberto Cardoso (Maracajá)
Ativista Cultural
Cientista Social

 

 

Pudim de tapioca


Pudim de tapioca com calda de lambedor


Sabor e saber são palavras com o mesmo radical, sabor tem saber e saber tem sabor. Aproxima-se a Copa do Mundo e turistas virão provar o sabor da culinária local. O primeiro seguimento que impulsiona o turismo é a culinária, a gastronomia de um lugar, é pelos pratos culinários que se conhece um povo e sua história. Pudim nos remete a lembrança de manjar dos Deuses. A tapioca produto derivado da macaxeira, também conhecida como aipim e mandioca, palavras de origem indígena, e uma lenda justifica um nome e uma história..

Conta uma lenda indígena que certo dia nasceu uma indiazinha linda e seus pais ficaram espantados com a sua brancura e a batizaram de Mani.  Ela comia e bebia muito pouco, um mistério desconhecido, até que numa bela manhã, Mani não se levantou da rede. Deram-lhe ervas e bebidas à menina. Mani sorria, muito doente, mas sem dores. E sorrindo Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca e regaram como era costume dos índios tupis, com muitas lágrimas de saudade. Um dia, perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha, uma plantinha desconhecida que crescia depressa. Algumas luas se passaram e ela estava alta, com um caule forte que até fazia a terra rachar ao redor Cavaram um pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Vamos chamá-la de Mani-oca falaram. E transformaram a planta em alimento.

O lambedor tem como base um mel de engenho. Produzido a partir da cana-de-açúcar, uma gramínea originária das Ásia (Wikipédia) que foi introduzida por colonizadores, produto cobiçado em certa época da história, invasores e conquistadores, piratas e corsários. A este mel são adicionadas ervas medicinais e aromáticas, conhecimentos de herbários e erveiros. Ervas de um conhecimento empírico e hereditário que aos poucos a ciência vai comprovando suas eficácias e propriedades. A ciência que utiliza dos mesmos princípios do empírico, a observação, com critérios e métodos.

O setor de gastronomia agrega uma infinidade de conhecimentos. A começar pela cultura agrícola, usos e costumes, histórias e lendas, influencias e preferências, clima e relevo, ocupação da terra com processos de emigração e de imigração. O alimento começa sua história nos campos e a partir dali alimenta a história.

Na produção agrícola são pesquisados sistemas de plantio, meios de melhoria da produção, adubos, produtos aditivos, enxertias, pesquisa e melhoria de sementes, uso de defensivos agrícolas e sustentabilidade. Controle de safras, cotações diárias em bolsas de alimentos. Transporte, distribuição através de centrais de abastecimentos, de mercadorias e alimentos. Embalagem e estocagem, sistemas e controles de processamento, logística de distribuição, armazenagem. Processos fabris de transformação. Sistemas multimoldais de transportes.

Do campo á indústria ou do campo à mesa todo conhecimento humano é aplicável. O processo de ingestão e eliminação, a digestão também é estudada. Enquanto nas instituições e empresas realiza-se o processo decisório, objetivando uma tomada de decisão, o corpo humano realiza automaticamente o processo digestório, escolhendo e separando partes do alimento ingerido, assimilando o necessário e eliminando o excedente. Seja no ser humano ou nos animais. Seus benefícios e malefícios, carências e excessos.

Nosso corpo é composto por cerca de 70% de água, elemento indispensável no processo agrícola, preparo de alimentos e ingesta líquida do corpo, devendo ser analisado periodicamente, a turbidez, o Ph, os coliformes totais o cloro e o nitrato. Tal como um exame de sangue periódico para avaliar as taxas dos componentes de um hemograma, a água que nos cerca e a água que ingerimos devem ser também analisadas. Suas taxas devem estar dentro de padrões referenciais, determinados pela vigilância sanitária, que por sua vez segue normas internacionais. Normas internacionais, para atender a demanda de uma pluralidade de povos.

 A turbidez é a presença de partículas em suspensão na água, deixando-a com aparência turva. O Ph indica a acidez ou alcalinidade da água. Os coliformes totais devem apresentar ausentes, porque indica a contaminação por bactérias provenientes da natureza. O cloro residual livre é o produto químico utilizado para eliminar as bactérias da água. O nitrato é um tipo de sal proveniente de nitrificação do nitrogênio-amoniacal resultante da decomposição de resíduos orgânicos ou de adubações nítrico-amoniacais.


A análise da água é algo confuso, muito confuso, criterioso e complicado, coisas para especialistas, O importante é uma análise da água com bons resultados para ser ingerida sem preocupações.

 Roberto Cardoso (Maracajá)
Ativista Cultural
Cientista Social

 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mestre, Doutor e acionista

Mestre, Doutor e acionista majoritário.  Ser ou não ser

O governo emana do povo e por ele deverá ser exercido. Luis Inácio Lula da Silva entendeu e percebeu a necessidade do saber e do conhecimento, do povo brasileiro. Diante de dificuldades financeiras, falta de recursos para construir novas universidades, optou em alternativas com financiamento de cursos, crédito educativo e parcerias com faculdades particulares.
Hoje, o custo total de um curso superior somando-se mensalidade, deslocamento, alimentação e vestuário durante o seu decorrer são compatíveis com valores de franquias de grifes famosas, em diversos ramos: vestuário, alimentação, perfumaria e etc. Poupam o tempo gasto durante um curso superior e ainda fornecem aprendizado de empreendedorismo, logística, administração de recursos materiais e/ou humanos e o que mais for necessário a uma administração comercial  podendo ainda, o investidor, ser um acionista majoritário da própria empresa.

As instituições particulares de ensino percebendo as dificuldades das instituições publicas estão esbanjando deficiências e carências, cobrando o que querem e oferecendo o que acham ser suficiente e necessário a uma formação universitária sem contudo fornecer conhecimento e informação. Cobram o capital financeiro e não socializam o capital intelectual. Não oferecem estrutura de bem estar e conforto. Alunos depois de formados ainda terão que empreender um curso de pós-graduação. Especialização, mestrado, doutorado e quiçá um pós-doutorado, seja no Brasil ou no exterior, um pós doc. Mestrado e doutorado não constituem uma certificação, não cabendo um certificado ao final e sim uma titulação, cabendo um título de mestre ou um título de doutor que só poderá ser concedido por outro mestre ou doutor, através de uma universidade ou outro estabelecimento de ensino superior autorizado, O termo PhD (Philosophiæ Doctor) atribuído nas universidades anglo-saxónicas.limita-se aos filósofos.

As empresas vêm sendo chamadas, denominadas de organizações. Tal como um organismo vivo, com órgãos e sistemas vitais, departamentos e seções, funcionando interdependentes, harmoniosamente. E sendo observadas deste modo podemos também fazer uma análise psicológica e fisiológica da empresa. Podemos utilizar o texto de Guimarães, Oliveira Souza e do Egito (2006), que entende como uma boa política, condicional e fundamental a motivação e comprometimento dos funcionários de uma empresa a conseguir uma certificação. O texto de Ferreira, Braga, Sousa Mata, Lemos e Maia, sobre repetição de gravidez na adolescência (2012), que nos leva a crer que uma empresa imatura, ainda na adolescência terá problemas e dificuldades na abertura de filiais, antes da maturação e maioridade de sua matriz.

A história se repete e o dilema de Shakespeare também, diante de uma decisão, Mestre, Doutor, ou acionista majoritário.  To be, or not to be, that is the question

 

Roberto Cardoso (Maracajá)
Ativista Cultural
Cientista Social

A última maçã.

A última maçã.

Outubro/2012, um ano do falecimento de Steve Jobs, homem determinado e obsessivo, focado em seu trabalho, encarou situações difíceis, trabalhando e procurando informações, estudando e gerando alternativas, foi um visionário e um empreendedor.
Buscou variadas soluções e oportunidades para alcançar seus objetivos. Trabalhou em equipe desde articulações com amigos dos tempos de colégio à sedução. Era um grande sedutor quando necessário (Exame Info, out/ 2011).    

Fazia as perguntas certas às pessoas certas nas horas certas, nos lugares certos e com o produto certo. Usou de marketing pessoal à espionagem industrial nada era injustificável para alcançar o que queria. Segundo Woolfe ao trabalhar com um propósito, o trabalho toma outra dimensão e torna-se mais inspirador. Para alcançar um propósito é preciso ter uma noção geral e contínua do processo. Ser um estrategista com poder, propósitos e princípios (Patel, 2007). Facilitando a detecção de erros em qualquer fase de um processo. E o propósito de Jobs era mudar o mundo e deixar uma marca no Universo (Revista Veja, out/2011).
Jobs foi um homem desafiador, religioso e, intuitivo. Tão revolucionárias foram as suas influencias sobre os comportamentos das pessoas, e das empresas. Desafiou John Sculley a ter um propósito, convencendo-o a sair da Pepsi e ir para uma empresa com poucos recursos e de nome pouco reconhecido. Não ofereceu mais dinheiro nem segurança, ofereceu um propósito: a chance de mudar o mundo. Salientou a Sculley que o que ele fazia era fabricar cada vez mais “água açucarada”, enquanto na Apple, teria a chance de mudar radicalmente a maneira de como o mundo se comunica, aprende e troca informações (Woolfe, 2009).

Lideranças só conseguem unificar esforços e levantar somas de capital com uma noção inabalável de propósitos Quando um líder se dedica a um propósito, e quando todas as tropas veem que sua dedicação é inabalável e verdadeira (Woolfe. 2009).
Nos anos 1970 os EUA elegiam Carter para presidente. Com o dinheiro da venda de um furgão e uma calculadora a Apple foi fundada numa garagem, por Steve Jobs e dois amigos. Um deles, Wozniak já produzia artesanalmente o Apple I. No ano de 1977 Wayne vendeu sua parte na Apple à Jobs e Wozniak, neste mesmo ano a empresa recebeu US$ 250 mil de um empresário e começou a produzir o Apple II, o primeiro computador com um drive externo de disquete.

Em 1979 Jobs e alguns engenheiros visitam a Xerox e conhecem o percussor do mouse, chegaram a novas conclusões. Em 1980 é lançada o Apple III, que fracassou e milhares de unidades precisaram ser reparadas. Começa a guerra entre Irã e Iraque, John Lenon é assassinado em NY, a Big Apple. Homenageando a filha Steve Jobs o Lisa é lançado em 1983, primeiro computador comercial com interface gráfica, em 1984 em um comercial de TV na temática do livro 1984 de Orwel. Em 1989, ano da queda do muro de Berlin, a Apple lança o Macintosh portable.
Diante de tantos lançamentos e tanta revolução e evolução tecnologia mal temos tempo de parar e pensar. Refletir sobre o que acontece a nossa volta, o mundo não é mais o mesmo, tudo é muito rápido. O século XX terminou em 1991 (Eric Hobsbawm).

A maçã é um símbolo grego da antiguidade na lenda de Géia a Mãe Terra. Simboliza a imortalidade, a beleza, a bondade e a renovação (Conway, 2004). Adão e Eva, Isaac Newton e Steve Jobs, se utilizaram deste símbolo e mudaram a história.

  

Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
 Produtor Cultural e Ativista Cultural
Cientista Social
 

 

 

 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

JACK and JAC

 
JACK and JAC

Semana conturbada, no já muito tempo caótico, sistema de transportes coletivos de Natal/RN. Aumento surpresa na tarifa de passagens dos transportes urbanos e manifestação estudantil contra o aumento tarifário. Reuniões e decisões extraordinárias para resolver a questão, e ainda não há certeza de uma solução.

Tarifa é um valor referente a um serviço de necessidades básicas prestado, tal como água e luz. E não pode embutir um lucro almejado pelo empresariado.

Ao discutir os valores necessários para cobrir despesas, vários itens são colocados como justificativa de elevação da tarifa, cada qual atribuindo culpas a outros: combustível, dissídios de classe, velocidade dos coletivos, volume de gratuidades, planilhas, custos; e etc. Nunca se fala em reduzir o volume de carros nas ruas.

Em Bogotá, na Colômbia, exemplo que governadores e prefeitos já foram ver de perto, o estacionamento de carros em via pública não é visto como um direito adquirido, o poder público não entende que tem a obrigação de proporcionar e facilitar vagas de automóveis. Cada qual que arque com os custos de abrigar seus cavalos de potencia.

A palavra jegue é originária da palavra inglesa jack que significa asno. Quando ingleses estiveram no NE, no século. 19, participando da implantação de vias férreas utilizaram desta força de tração animal na construção.  Os nordestinos adaptaram a expressão pronunciada em inglês para jegue. E continuam a conduzir seus JAC Motors sem se importar com ruas e calçadas atrapalhando o trânsito e ocupando calçadas. Seja Jack ou JAC todos querem amarrar o seu na porta.

Roberto Cardoso (Maracajá)

Analista de Qualidade

Reiki Master & Karuna Reiki Master | Produtor Cultural e Ativista Cultural

Terra de Nem e de Ninguém.

Dia 08 de agosto comemorou-se o dia do pedestre e o fato justifica o artigo. Nova Parnamirim, um lugar que muitos por um tempo não souberam ou não imaginavam se pertencia a cidade de Natal ou a cidade de Parnamirim, ficou conhecido por alguns pelo nome de Nem, ou seja, nem de lá e nem de cá. Nova Parnamirim é um bairro pertencente a Parnamirim conta com ruas pavimentadas algumas lagoas de captação de águas pluviais. Dados estatísticos colocam Nova Parnamirim na terceira posição no rendimento domiciliar e primeira posição no potencial de consumo mensal entre os bairros de Parnamirim.
Mas em Nova Parnamirim, Nem, ou também para alguns Eucaliptos, tem um lugar que parece não pertencer a Ninguém, no cruzamento da Av Ayrton Senna com a Rua Praia de Tibau .
Em um raio de cinquenta metros a partir deste cruzamento podemos encontrar: padaria com serviço de restaurante, moto peças e serviços, farmácia, bares, lanchonetes, posto de gasolina, cigarreira, vidraçaria, açougue, bomboniere, depósito de bebidas, pizzaria, mercearia, academia, pet shop, sorveteria, fotocopiadora com acesso à internet, salão de beleza, cabeleleiro e residências. Sem frequência determinada, ambulantes e churrasquinho de rua.

Encontramos ainda nesta confusão de bens serviços oferecidos, um semáforo de três tempos, faixa de pedestre, ponto de ônibus, carga e descarga de mercadorias e marcações na calçada para estacionamentos.
Além de podermos enumerar todos estes elementos, em um raio de cinquenta metros, vamos encontrar no dia a dia ainda: carros em fila dupla. Estacionados em cima das calçadas desde a parede dos prédios ao meio-fio obstruindo passagem de pedestres, tendo estes que ir pelas ruas disputando espaço com os carros em transito.  Motos estacionadas de qualquer maneira. Carros junto de placas indicando proibido estacionar. Carros atravessados sobre vagas de deficientes, ocupando inclusive a faixa adicional para embarque/desembarque. Carros oficiais são muito comuns cometendo irregularidades. Mesas e cadeiras de estabelecimentos ocupando as calçadas.
Estacionamento, parada de ônibus, travessia de pedestres e carga/descarga num só espaço, um limite de cinco a dez metros. Afinal, quando será o dia dos pedestres?

Roberto Cardoso
Analista de Qualidade

 

 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Natal das aparencias


Natal das aparências

Holandeses belos, brancos e cristãos

 

Falar que a cidade de Natal/RN não oferece acessibilidade e que promove uma cultura excludente são fatos! Estão vistos e evidentes nas ruas e nos noticiários. Cabe aqui mostrar que a política de exclusão não está apenas pelas ruas, mas também dentro das instituições privadas, e para agravar a situação, em instituições privadas de ensino. A começar pelo zig zag necessário driblar carros e motos estacionados à porta, para chegar a um acesso, a uma entrada, com calçadas e acessos bloqueados e desnivelados. Adentrando encontramos corredores estreitos, incompatíveis com o volume de alunos. Pisos desnivelados e ausência de mapa de risco, riscos ergonômicos e infectantes, biológicos e físicos, planta de acessibilidade, escadas com corrimãos simples, sendo necessários corrimãos duplos em estabelecimento de ensino. Ausência de faixa sinalizadora com cores chamativas nos limites dos degraus das escadas. Escadas de incêndio bloqueadas por material em desuso, extintores fora do prazo de validade. Lixo acumulado em caçambas favorecendo o aparecimento de ratos, escorpiões ou insetos indesejáveis. Carência de bebedouros. Esgotamento sanitário executado junto ao local de refeições em horários impróprios a tal operação, justo em horários quando começam a chegar pessoas vindas de outros afazeres buscando uma alimentação antes da próxima jornada. Ausência do controle e análise de potabilidade da água oferecida, exigido pelo PAS - Programa de Alimentação Segura, em locais que forneçam refeições e instituições de ensino.

Conforme dito pelo antropólogo Thiago Leite, Natal uma cidade que vive de aparências, uma ideia defendida por Gustavo Barbosa, um povo que apenas quer mostrar ao mundo e aos outros que tem uma população “bela”,  “branca” e “cristã” descendente de “holandeses” (Carta Potiguar. Ano I nº 2 – setembro/2012).

 

03 de outubro de 2012

 

Roberto Cardoso
(Maracajá)
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